19.12.06
17.12.06
E para variar
Passei a tarde na cozinha, a fazer chocolates para oferecer no Natal. Para variar arranjei tempo, para ofecerecer. A pilha de presentes por baixo da árvore de Natal iluminada pela estrela do BBVA cresceu nos últimos dias. Fala-se na passagem de ano em festas quase obrigatórias que não percebo. Continuo com planos de muito, muito em breve tirar a mala de cartão do sótão sentindo que desta vez não terei tempo sequer da encher. Tudo sempre se arrasta, tudo demora sempre mais tempo. E os dias continuam a voar por mim, sem tempo, sem espaço, sem pensar. E estas e outras páginas permanecem em branco. Á espera. Á espera não sei de quê, mas desejando sempre mais.
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30.11.06
trabalho, trabalho, trabalho
Por começar, por acabar, a meio de..., nunca mais acabo. Ri-me comigo quando voltei a pensar no dia em que terei tempo, esse dia em que se acumula tudo para o qual não houve tempo. Um dia sem tempo. Um dia destes (qualquer dia começo a contar os dias) pego de novo na mala de cartão e vou em busca de tempo. Mudar de espaço, mudar de hábitos, criar novas rotinas. Enquanto tudo é novo o tempo existe.
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25.11.06
Pela 3ª vez
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5.11.06
Mais uma página virada
no calendário. (por agora apenas no calendário. preciso mudar de página) Um calendário que todos anos me é ofecerido por alguém muito querido, cada mês um lugar do mundo, uma fotografia de cortar a respiração. Desta vez Patagónia.
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30.10.06
cinzento
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19.10.06
8.10.06
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21.9.06
Noto: paraíso imaginado
fonte: DN 27 Agosto 2006, Boa Vida XII (não está online)
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15.9.06
Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera
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13.9.06
Uma boa ideia?
De Pozzallo dar um saltinho até Malta de ferry. São só 90 min.
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11.9.06
Passa-se algo de muito errado
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3.9.06
Pós - férias com irregularidades na bagagem*
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29.8.06
O meu momento alto:
Toubkal, 4167 m Um cume, por cima das nuvens, alcançado com os meus pés. 1h30 de avião e o mundo muda. Uma aventura. Valeu pela beleza das montanhas a perder de vista, pelas gentes tão diferentes que vivem já aqui ao lado.
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11.8.06
6.8.06
25.7.06
Nenhum problema tem solução.
Nenhum de nós desata o nó górdio; todos nós ou desistimos ou o cortamos. Resolvemos bruscamente, com o sentimento os problemas da inteligência, e fazemo-lo por cansaço de pensar, ou por timidez de tirar conclusões, ou pela necessidade absurda de encontrar um apoio, ou pelo impulso gregário de regressar aos outros e à vida.
Como nunca podemos conhecer todos os elementos de uma questão, nunca a podemos resolver. Para atingir a verdade faltam-nos dados que bastem, e processos intelectuais que esgotem a interpretação desses dados.
Bernado Soares, Livro do Desassossego (trecho 333).
E o meu trabalho de todos os dias é encontrar soluções. Atraída pelos problemas que todos os dias encontro.
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18.7.06
Tantas vezes
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16.7.06
Cartas
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11.7.06
Esquecia-me... FÉRIAS
Posted by AM at 23:04 0 comments
1.7.06
porque viver cansa
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26.6.06
Na matemática existencial (...): o grau de lentidão é directamente proporcional à intensidade da memória; o grau de velocidade é directamente proporcional à intensidade do esquecimento. Milan Kundera, A lentidão
Posted by AM at 23:37 0 comments
24.6.06
331.
Doem-me a cabeça e o unviverso. As dores fisícas, mais nitidamente dores que as morais, desenvolvem, por um reflexo no espírito, tragédias incontidas nelas. Trazem uma impaciência de tudo que, como é de tudo, não exclui nenhuma das estrelas. Bernardo Soares, Livro do Desassossego
Posted by AM at 18:44 0 comments
5.6.06
4.6.06
vida doméstica
quando as forças ou o tempo se esgota. ou as duas em simultâneo. e a casa está acabada de limpar, como eu gosto de a ver mas nunca tenho tempo ou paciência. o copo de vidro mais grosso cai da última prateleira do armário e desfaz-se num número infinito de pedacinhos que se espalham por cada milímetro de chão de cozinha, por de trás das garrafas, entre os pés das pernas das mesas e das cadeiras, por baixo do frigorifico, do fogão, estendem-se à varanda, ao quarto à sala. por toda a casa os pedacinhos ínfimos, quase invisíveis de vidro castanho da cor do chão. e fico ali parada, descalça, frágil, com vontade de fugir para sempre, sem saber como me mexer. descalça, rodeada de um mar de vidros.
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1.6.06
Dia da criança
Tenho a sensação de que estou a escrever um artigo em banda desenhada...
Posted by AM at 20:48 0 comments
31.5.06
haverá por aí uma lâmpada mágica que possa usar?
queria acabar o artigo que arrasto há semanas, queria passar uma tarde na praia, a noite nos copos, no teatro, ver uns filmes que andam por aí e que até já me fui esquecendo quais, passar uma tarde a ouvir o Crepúsculo. ler os livros que se acumulam na mesa de cabeceira, na prateleira dos livros para ler, no chão ao pé do sofá e os que vou comprar na feira do livro, quando lá for. queria ir de férias, queria fazer fotografia, perder-me no tempo com o fascínio de ver as imagens formarem-se no papel. queria tratar a minha orquídea, aprender a fazer bonsais. ter tempo para mim, para me perceber no passado, presente e direccionar o amanhã. estar com os meus sobrinhos e perder-me com eles, ir beber aquela cerveja, fazer a cerveja que tenho adiado à semanas, convidar aquelas amigas e mais aquelas para um chá e bolos, feitos por mim, claro. queria ir acampar, pintar a parede, estar com os meus pais, ir jantar ao meu irmão, fazer aquela visita, combinar mais uns jantares sempre adiados. ter disponibilidade para os outros, para o mundo.
E ainda não inventaram nenhum sorteio que me permita "ganhar" tudo isto de uma só vez.
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21.5.06
perdi-me no momento em que a infância se dissolveu no primeiro desgosto. Al Berto, O Medo
Posted by AM at 13:44 0 comments
17.5.06
2 anos
Posted by AM at 00:25 0 comments
15.5.06
Posted by AM at 12:56 0 comments
11.5.06
8.5.06
Lembro-me de quando:
de olhos fechados ou abertos, fazendo jogos com as cores das pedras da calçada, como todas as crianças gostam de fazer, me perdia na minha imaginação. A partir do nada, de uma pedra um pouco diferente ou de uma nuvem vulgar, começava a construir histórias das quais eu era sempre o personagem principal. Lentamente fui percebendo que essas histórias que eu vivia não eram a realidade, tal como as histórias que me liam ou que assistia na televisão.
Como a realidade nunca era o que eu imaginava enquanto saltitava ao lado da minha avó, passei a evitar imaginar as histórias mais bonitas, numa tentativa que essas se transformassem na minha realidade. Depois deixei de pensar nisso, deixei-me dessas teorias de criança. Passaram os dias, e as semanas, e os anos. E volto a pensar nisto. Em como tantos sonhos se desfazem e como tantas vezes a beleza da realidade me surpreende. Ontem fazia o jogo ao contrário, imaginando quão diferentes os meus dias poderiam ser. Como quem eu sou depende dos mais ínfimos detalhes. Aqueles nos quais nem eu reparo. Um instante e tudo seria diferente. Olho para os momentos de felicidade que vou vivendo. Não me lembro de os ter imaginado.
Posted by AM at 20:21 0 comments
1.5.06
Memory is a funny thing. When I was in the scene I hardly paid it attention. I never stopped to think of it as something that would make a lasting impression, certainly never imagined that (...) later I would recall it in such detail. I didn't give a damn about the scenery that day. Haruki Murakami, Norwegian wood
Posted by AM at 19:08 0 comments
25.4.06
9.4.06
6.4.06
Posted by AM at 23:43 0 comments
3.4.06
Hoje
cheguei a casa e gostei do silêncio, gostei da paz. Senti-me em casa.
Posted by AM at 00:05 0 comments
24.3.06
E depois...
Posted by AM at 21:30 0 comments
21.3.06
E depois?
Posted by AM at 01:02 0 comments
18.3.06
16.3.06
As rugas
Posted by AM at 00:47 0 comments
10.3.06
Ou talvez não
Posted by AM at 20:25 0 comments
8.3.06
20.2.06
comboios barcos que vão para onde? esperem por mim eu vou Al Berto, O Medo
Posted by AM at 20:07 1 comments
12.2.06
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha, A essa hora dos mágicos cansaços, Quando a noite de manso se avizinha, E me prendesses toda nos teus braços...
Florbela Espanca
Posted by AM at 22:07 0 comments
À manhã
a gente tem-se uns aos outros e mais nada... José Luis Peixoto
Posted by AM at 22:02 0 comments
1.2.06
Há coisas que saturam...
Posted by AM at 00:02 0 comments
29.1.06
fala-se de tempo II
Posted by AM at 22:08 0 comments
26.1.06
19.1.06
Frases recorrentes nestes dias...
MORRE LENTAMENTE...
"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."
Pablo Neruda
E no final, tal como Neruda, escrever "Confesso que vivi"
Posted by AM at 19:34 0 comments
18.1.06
perdi-me na história
onde é que fica aquela parte do casaram e foram felizes para sempre?
Posted by AM at 22:11 0 comments
17.1.06
16.1.06
Paralisar o tempo
Congelar instantes e vive-los lentamente, um bocadinho de cada vez. Se em vez de picos de felicidade seguidos de picos negativos de felicidade
Posted by AM at 12:06 0 comments
7.1.06
As noites ficam novamente mais escuras. As luzes hoje não se acenderam. A estrela pirosa do BBVA, esta noite já não cintila. E há muito que deixou de me incomodar, que deixou de ser pirosa. Estava lá, apenas isso. Os dias que passam. Às vezes demasiadamente iguais. Ou diferentes. Passam. Imperfeitos, incompletos. E há muito que tudo que passou a incomodar-me. Apenas isso,
Posted by AM at 00:24 0 comments
5.1.06
instantes...
em que nada faz sentido. em que as luzes se extinguem. em que apenas desistir tem sentido.
Posted by AM at 20:33 0 comments
4.1.06
instantes
passar horas, dias, semanas, meses. a esperar. sonhando. por um instante.
Posted by AM at 14:45 0 comments