1.7.06

porque viver cansa

pela imperfeição do mundo, dos dias, das gentes. do eu. imperfeição que tem que existir pelo simples facto de olhar tudo à minha volta pelo meu olhar sempre limitado, sempre imperfeito. sei que é assim, que terá que ser assim e nem por isso deixa de incomodar, de doer. o conformismo é, tantas vezes, tão doloroso como o inconformismo. e há um volume tão pequeno à minha volta em que eu posso mexer e sempre correndo o risco de aumentar a sua imperfeição, sendo eu tão imperfeita como tudo isto. cansada dos dias em que tanta "coisinha" corre estúpidamente mal. incomodada com todas estas coisas, com a imperfeição, mesmo sabendo há uma vida que é sempre tudo assim. que é assim que o mundo gira. mas cansada, parece que todas as arestas dos dias se espetam mais profundamente, me magoam mais do que deveriam.

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