18.7.06

Tantas vezes

Olho para o mundo e para os dias como que para um jogo cujas regras desconheço, aleatórias, em cada instante. Os dias em nada é como deveria ser, segundo a ordem imaginária com que se deveria construir um mundo que não existe. E não poderia existir, mas que insisto em querer. Ou os dias em que nada corre bem, como tantas vezes se ouve, em que não se percebe o para quê de ter saído de manhã de casa. E continuar para além da exaustão, percebendo já a inutilidade. Continuar. Com as pequenas pedrinhas que entram para dentro dos lindos sapatos abertos de verão, que magoam os pés, que fazem ter vontade de desistir de tudo. Para quê? Que resta se desistir? Continuar.

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