Pós - férias com irregularidades na bagagem*
De mãos azuis, depois de ter lavado o meu lindissimo turbante Berbere azul, contente por ter seguido o conselho do meu guia de montanha para comprar um pano sete vezes mais caro com a vantagem de não perder a cor. Mas não era sobre as minhas mãos ou a minha casa de banho tingidas com índigo (ou qualquer outro pigmento, sabe-se lá onde está a verdade das informações dadas por marroquinos) que queria escrever.
Estava aqui a arrumar a roupa lavada e deparei-me com as coisas que comprei em Marakesh, à pressa, acompanhada no supermercado por um simpático taxista que me carregava o cesto das compras. Que fazer às calças com ar de saca de batatas que usei durante quase uma semana?
Já para não falar das meias verde bandeira aos losangos vermelhos e azuis nem das cuecas enormes que fizeram um jeitão. Ao fim de quatro dias nessas andanças apercebi-me que nunca tinha estado tanto tempo sem olhar para a mim, felizmente nas montanhas não há espelhos, nem sequer as casas berberes têm vidros nas janelas.
Lição a aprender: viajar sempre sem espelho.
* = 8 dias com a bagagem perdida
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