palavras
que perdem o destinatário, que se perdem antes de se teclarem, antes de serem pensadas.
Pela vida. Por sonhos perdidos e (re)encontrados
que perdem o destinatário, que se perdem antes de se teclarem, antes de serem pensadas.
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Agora decidiram começar a comer os botões das margaridas.
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Frederico Lourenço in A formosa pintura do mundo
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Ontem simplesmente continuei a trabalhar. Esta noite, antecipei as férias, passei pelas ruas de Kathmandu.
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(...)
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
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Erguidos pelas minhas mãos à volta de mim, à volta dos meus dias, cada novo dia uma carreirinha de tijolos. Vai crescendo, as horas de sol vão encurtando.
Escondo ainda uma janela, uma janela para as traseiras, pequenina, não deixo que ninguém a veja. Cobro-a com cortinas grossas de veludo bege. Ás vezes, quando todos dormem, quando todas as luzes se apagam, nas noites em que não há lua nem estrelas no céu, às vezes abro-a. Olho-te, olho a janela de onde me olhas, sempre sem nos vermos. Espreito entre as cortinas pesadas, agora entreabertas. Sonho-te. Sonho-me sem muros à volta. Sonho-te.
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- Tá memo forte, tá boa. Trataram lá bem. Como chama lá a terra onde teve? - França. - Tá memo forte. Tá gorda. Trataram lá bem.
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3 anos depois de tanta e tanta coisa, 3 anos no mesmo sítio, 3 anos de tempo, que não a chegou a ser tempo, que não chegam a ser 3 anos. tempo me mexer, de mudar de sítio. claro que não tenho destino. a outra face é a linha de conforto.
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Quando o trabalho me sufoca:
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Para além de serem brancos, são mais espessos, mais brilhantes que todos os outros e são especialmente vísiveis nas casas de banho dos locais de trabalho. Vai-se lá saber porquê...
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sem que isso resolva nada, correndo o risco de me afogar nos porquês sem resposta. Ou olhar para a frente, continuar a correr, sem saber o destino. Tal coelho da Alice no País das Maravilhas.
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no meio do escritório. Vazia, pequena. Lembrava-a grande e pesada.
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