Emaranhada
A vida enrola-se, os dias dão voltas e mais voltas, sempre iguais, sem nunca deixarem de ser diferentes. Enrolo-me neste novelo de fios sem fim, perco-me no meio das cartas que se dão, baralham e voltam a dar, que caem da mesa, voam com a brisa de vento, desfazem-se com a água da chuva para de novo voltarem às minhas mãos. As mesmas palavras, os mesmos fios que me atam, que me ajudam a regressar a casa. Palavras que que prendem, outras que amo, desejo, palavras que queimam ou libertam.
Perdi o fio à meada...
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