3.5.05

E se...

e se tudo se desvanecesse. e se tudo o que quero, tudo em que acredito, tudo o que mais amo, simplesmente desparecesse, se desfizesse diante mim... e se tudo o que sempre quis, sonhei, amei, perdesse o sentido, se esvaziasse de tudo e eu me perdesse e se eu destruisse tudo o que amei, tudo o que quis ser, sonhei num copo de bom vinho do Porto. Grito, ninguém, me ouve. Sem te conhecer amo-te, como nunca amei ninguém, quero-te como nunca quis ninguém. Mas nada és, és o sem sentido. Deixo-te, como nunca ninguém amei alguém. Choro-te, a ti que sempre serás meu, a ti cujo rosto nunca conhecerei. E tudo passa ao meu lado, e eu, sempre (para sempre?) fico do lado da indiferença. Do lado que sempre sabe, sem nunca sentir. Olho-te, tudo muda, julgo sentir... mas não, apenas tu, tu a quem amo, sabes, sentes...
E eu, eu como sempre vivo feliz, a minha vidinha... E tu, com quem olhei Tinguely... E se...

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