24.3.06

E depois...

Veio o dia em que ninguém me curou com um abracinho e beijinhos. Um outro dia percebi que o mar pode não ser infinito. As definições foram mudando... E comecei a correr. Correr à frente dos dias. Querendo tudo. Apenas por não saber o que querer. Querendo apenas ser feliz. Mais um lugar comum e sem sentido: isso todos querem. Da felicidade vou tantas vezes conhecendo instantes que, sem nada perceber, sempre quero transformar em sempre. Talvez sempre em busca que quem, com um abracinho, me faça voltar a voar.

21.3.06

E depois?

Queria apenas ser pequenina outra vez. Saber que há sempre um colinho para mim, com muitas festinhas e beijinhos ternurentos, suficientes para voltar a sentir o mundo e os dias como um cantinho seguro, o meu cantinho de brincar.

18.3.06

há dias assim

... porque sim

16.3.06

As rugas

Contornam-me os olhos, contornam-me os dias, feitos de curvas, de altos e baixos. E de muitos instantes bem grandes, bem altos. Bem no fundo. O tempo passa, enrugado, como a pele se mostra diante o espelho. Tentar sempre suavizar os altos e baixos, amando cada segundo. Perceber que por cada gargalhada houve ou haverá um lagrima. Perceber que as rugas são o diário sem palavras dos dias vividos e de todos os sonhos desenhados pelas nuvens.

10.3.06

Ou talvez não

As cores vão passando e repetem-se. Repetem-se sem serem nunca as mesmas. Talvez mesmo mudem. Devagar. Sem que perceba. Cada movimento tem o seu tempo. Cada tempo é um espera. Cada espera tem tanto de inevitável como de interminável.

8.3.06